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Você já ouviu falar em Movimento do Parto Adequado?

Atualizado: 5 de out. de 2021

Esse é um alerta para as futuras mamães!

Antes de entrar no assunto propriamente dito, deixe-me esclarecer um fato que conecta a abordagem desse assunto com a minha vida.

Fiz 03 cesáreas e não sou contra essa opção de parto, desde que seja a mais propícia para o bebê e para a mãe.



No meu caso em particular, meus filhos eram grandes e não encaixaram e, apesar de ter esperado até os últimos momentos, infelizmente as cesáreas foram necessárias.

Agora, vou ser avó de uma menina prevista para março de 2021. Minha filha reside na Califórnia e lá, diferentemente do Brasil, os partos normais são mais indicados (e respeitados).


Minha filha, preocupada com minha sanidade mental em vê-la no trabalho de parto (rs), tem me passado vários vídeos, reportagens e estudos clínicos, para me municiar de informações e segurança.


Nesse cenário, algo me chamou atenção e fui pesquisar sobre o assunto.



Taxa de cesarianas no Brasil é quase duas vezes superior à dos EUA


Após algumas leituras sobre o tema, verifica-se que a Cesariana é a forma de parto mais comum no Brasil. Do total de procedimentos realizados no país, 55,5% são cesáreas, segundo dados do Ministério da Saúde. Em hospitais particulares, a taxa pode chegar a 84%. Para se ter uma ideia, o índice total nos EUA é de 32,9%.

Essa é uma situação real que precisa ser alertada e informada à todas as mulheres.

Inclusive, a OMS - Organização Mundial de Saúde vem realizando campanhas de conscientização para reduzir o número de cesáreas eletivas. Atualmente, o organismo internacional estima que a cesárea seria necessária em somente 10% dos partos.

É uma diferença significativa, vocês concordam?


Então... Por que a opção das mulheres brasileiras e dos médicos vão contra os estudos clínicos e as diretrizes da OMS?

São diversos fatores que englobam:

  • A má informação;

  • O medo;

  • A indústria financeira de saúde;

  • As horas dos médicos e equipe;

  • A falta de acompanhamento adequado;

  • Dentre outros que não merecem, sequer, serem informados, face a crueldade e desarmonia à condição natural da mulher.

Estudos demonstram que especialistas de saúde consideram o procedimento da cesariana duas vezes mais perigoso para as mães, com alta taxa de mortalidade, além de o tempo de recuperação ser maior. Por ser uma cirurgia, os riscos de hemorragia ou infecção são mais comuns quando comparada aos partos normais. No caso dos bebês, ocorrem mais problemas respiratórios, diabetes e aumento da pressão sanguínea.

São dados reais, estudos comprovados e ainda assim o Brasil está no ranking dos maiores utilizadores dessa prática.

A pergunta que não quer calar: Por quê?

De acordo com a Resolução nº 2.144/2016, do Conselho Federal de Medicina (CFM), “é ético o médico atender à vontade da gestante de realizar parto cesariano” eletivo somente a partir de 39 semanas.

Essa determinação de 39 semanas, visa proteger o bebê.


Segundo esse documento, o período de 37 a 39 semanas, mesmo que seja o final da gravidez, é considerado crítico para o desenvolvimento do bebê, principalmente do pulmão.


Então, o que vem a ser Movimento do Parto Adequado?

“O projeto Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde, tem o objetivo de identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica na saúde suplementar.

Essa iniciativa visa ainda a oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.”


Desde 2016, quando foi criado, o Parto Adequado tem realizado campanhas anuais para esclarecer mulheres e seus familiares sobre os riscos de uma cesariana desnecessária.

E não termina aí.

A ANS tem atuado fortemente para esclarecer e orientar as futuras mamães sobre a sua autonomia na decisão, independentemente da vontade médica.

Portanto, mamães, é preciso que fiquem atentas, leiam sobre o assunto, peçam outras opiniões médicas e sigam seus instintos, pois esse poder natural e divino é capaz de salvar vidas!

Minha filha já decidiu e, se Deus quiser e permitir, estarei lá ao seu lado vivenciando esse momento naturalmente lindo.

Até a próxima!!! Se cuidem!!!


Felicidades!

Mírcia Ramos

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