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Diabetes: Aconteceu comigo...

Atualizado: 5 de out. de 2021

Estava em um lindo final de semana em Fortaleza recebendo uma premiação da SulAmérica por vendas no segmento de saúde e o telefone toca...

O pai do meu caçula, à época com 11 anos, me liga e diz que nosso filho estava passando mal.

Para quem tem criança pequena deve conhecer a máxima para uma criança saudável - é só um vírus.

Fui informada que ele estava enjoado, aquele pequeno mal estar que todos já passamos.

Imediatamente, imaginei que deveria ter sido algo que comeu e aquela intuição maternal que funciona em 95% dos casos, mesmo distante, me disse... deve ser uma indisposição alimentar.

Tem febre? Diarreia?

Não, ele me disse.


Automaticamente informei ao pai do Philipe. Faça uma dieta, deixe ele descansar e acompanhe. Se ele piorar, leve-o ao médico. Possivelmente, não é nada sério. Entre com pedialyte, soro caseiro, água de coco e comidas leves.

Assim foi feito. Mais tarde liguei e perguntei se ele estava melhor e a resposta foi positiva. Ufa, não era nada sério… doce ilusão!

Ao chegar no domingo, encontrei meu filho com olheiras fortes, muito abatido e fraco.

Meu filho, o que houve com você?

Passei a noite toda em claro, pois ele não conseguia dormir. Liguei para o pediatra e agendei uma consulta na primeira hora do dia seguinte. Durante toda noite, alimentando-o com água de coco e observando sua agitação, com coração apertado e com a sensação genuína de que algo estava errado.

E, sem saber, estava envenenando meu filho.


No dia seguinte ao chegar no pediatra, o pânico tomou conta. Fomos informados para levá-lo imediatamente ao hospital. Seu estado era crítico.

Como assim!? Ele começou a passar mal na sexta, melhorou no sábado e na segunda precisava ser hospitalizado?

Sim, ele tinha desenvolvido um quadro chamado cetoacidose diabética. Sua glicemia estava em 780 e precisou ser internado na UTI.

Meu mundo caiu, minhas pernas não paravam de tremer e, pior, mesmo atuando na área como especialista em seguros saúde, não sou médica e, sinceramente, não tinha a menor ideia de que o Philipe poderia ser diabético.


A diabetes tipo 1 é inexplicável. Não existe histórico familiar e nem sintomas claros para quem desconhece a doença.

Filho de pais altos (1,86 e 1,75), aos 11 anos começou a esticar. Hoje mede 1,80. Com o crescimento começou a perder as gorduras gostosas de uma criança. Por total desconhecimento, não podíamos imaginar que a “magreza” poderia ser um sintoma, assim como o aumento no consumo de água e de urina.

Uma criança saudável, que praticava esportes, se alimentava de maneira regrada, apesar de alguns mentos, biscoitos recheados e balas, estava agora hospitalizada, entre a vida e a morte.

No mês de novembro, comemoramos o Dia Mundial da Diabetes. Comemorar uma doença não faz sentido algum, não é verdade?




Em minha opinião, após dia 03/04/2011, sim, faz total sentido. Faz sentido para propagar experiências, informações, alertas e, principalmente para agradecer as vitórias.


Após 05 dias na UTI e 03 dias no quarto, tivemos alta, sem sequelas.


 

Mudamos hábitos, estudamos, entendemos a doença e suas consequências.

Não existe causa comum, pode acontecer com qualquer um. Normalmente, ela aparece entre 10 a 18 anos. Não há ligação com alimentação, estado emocional ou qualquer outro fator.

Ela simplesmente acontece.



Creio que muitas mães e pais possam passar pelo que vivi por total desconhecimento e pelos acasos da vida que nunca vamos entender.

Todo mês de julho, levava o Philipe para aquele pequeno check-up.

Em julho de 2010, tudo perfeito. Em abril de 2011, meu filho era diabético!

Chamo vocês para ajudar a propagar informações!

Diabetes é uma anomalia séria. Precisa ser cuidada, pois seus “prejuízos” podem ser fatais.


Vamos propagar informações.



Conto com vocês para me ajudarem a espalhar essa mensagem.

Muito obrigada!

Até breve!

Mírcia Ramos

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