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Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Três mudanças de casa às pressas, cinco empregos diferentes, 03 escolas distantes e muito medo!

Silvia, mais conhecida pelos amigos como Batalhão por ser muito trabalhadora e, que apesar do apelido, era uma mulher gentil e franzina.


Nos últimos dois anos, sua vida era fugir do seu ex-companheiro, um homem que não sabia amar.


Não há palavras para descrever a real emoção de Silvia, mas uma coisa era certa: estávamos diante de uma mulher guerreira e destemida.


Essa é uma das histórias que ouvimos na vida e que nos marcam para sempre.



O Brasil é o 7º que mais mata mulheres entre os 84 que compõe o ranking da Organização Mundial de Saúde.





Nos últimos dois anos tivemos um aumento de 203,30% na violência doméstica contra às mulheres, seja física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial.


“Violência física é qualquer ação que ofenda a integridade ou a saúde do corpo, como bater ou espancar; empurrar, atirar objetos na direção da mulher; sacudir, chutar, apertar; queimar, cortar, ferir. Já as violações sexuais consistem em qualquer ação que force a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem que ela queira, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico ou moral. Entre os exemplos estão obrigar a fazer sexo com outras pessoas; forçar a ver imagens pornográficas; induzir ou obrigar o aborto, o matrimônio ou a prostituição.”


Quando Silvia era questionada sobre não ter percebido de como era Josué, com a voz doce e calma ela respondia: eu acreditava que era amor!


E, assim, Batalhão viveu 18 anos em uma relação letal, com tentativa de homicídio, até que um dia tomou coragem de ser a senhora do seu destino.


Foi uma história parecida que fundamentou a Lei Maria da Penha, Lei No. 11.340, de 7 de agosto de 2006.


A lei veio como uma forma de reparação simbólica e justa para com a Maria da Penha, uma cearense que lutou por 19 anos e 6 meses por justiça contra o seu ex-marido agressor, após 2 tentativas de homicídio.


Pelas leituras realizadas um dos primeiros sinais de que uma mulher está vivenciando um ciclo de violências é o distanciamento do seu círculo familiar e de amigos. É quebrar com sua rede de proteção.


Usualmente, a violência psicológica é a primeira e, por isso, muitas denúncias não são realizadas até que a primeira agressão física aconteça.


Por vezes, a mulher nem se dá conta do abuso psicológico que está sofrendo e, assim como Silvia, acredita ser amor.


Esses mesmos estudos demonstram ser muito complexo para uma mulher denunciar, isto porque sua natureza humana é de colocar os interesses da família antes de si mesma. E, quase sempre, acredita, de verdade, que aquilo é passageiro e que ela poderá reverter a situação sem precisar denunciar.


A denúncia é um ato de enfrentamento, de coragem.

Traduz o grito da liberdade!


Mas e a família e os amigos de Silvia? Ficaram inertes a situação?


Sim. Naquela época, o marido ou companheiro era o ditador das normas e regras e todos respeitavam, por medo ou covardia.


Gente, o pensamento antigo de que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher” é ultrapassado.


A sociedade brasileira precisa compreender que uma mulher em situação de violência doméstica corre risco de morte. Somos parte integrante nesse processo de mudança de cultura, logo, sim, se você conhece alguém que pode estar sofrendo violência doméstica, é seu dever de cidadão e de ser humano denunciar.


Hoje é possível fazer denúncias anônimas e isso deve ser um incentivo para que, cada vez mais, a sociedade se conscientize da sua responsabilidade.


Pensar na história de Silvia, de Maria da Penha e de tantas outras mulheres que se rebelaram contra seu agressor, fazendo valer seu direito de ser mulher, é, sem dúvidas, um exemplo que pode e deve ser seguido por você.


E, lembre-se: Você não está sozinha!


  • Ligue 180;

  • www.mapadoacolhimento.org

  • www.justiceiras.org.br;

  • CRAS (Centro de Referência de Assistência Social);

  • DDM (Delegacia de direito da mulher);

  • X Vermelho na mão (campanhas sinal vermelho);

  • Vários Aplicativos de ação imediata;


Além disso, há toda uma proteção legal que você deve conhecer.



O processo, normalmente, se inicia com uma fase de tensão. Pode ser qualquer sinal, um xingamento, uma batida de porta feroz, um grito, um soco na parede, uma ameaça, um afastamento, uma ação capaz de provocar a tensão.


Passado algum tempo, inicia-se a fase da explosão, mais conhecida, como um incidente de agressão, seja física, moral, sexual, psicológica ou patrimonial. O evitável acontece, a agressão propriamente dita, àquela que dói na alma.


Instantes depois vem a fase da lua-de-mel. Os pedidos de desculpas, as flores, o carinho e as frase que nos fazem acreditar que a mudança é possível, que será só aquela vez, como: você á a mulher da minha vida, não posso te perder, eu vou mudar!


É imprescindível o entendimento de que é preciso mudar e agir. Quanto mais nos empoderarmos da situação, mais perto chegaremos de ser uma nação em que todos são respeitados.


Para todas essas mulheres, eu dedico o blog de hoje, onde a parte mais importante é:


VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!


"Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, 25 de novembro


O Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, 25 de novembro, visa conscientizar a humanidade para a violência contra o sexo feminino, infelizmente muito comum no mundo.”



Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!

Mírcia Ramos

Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa

Produção Virtual: Hannah Sloboda









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