top of page

Dia Internacional da Mulher!

Atualizado: 2 de mar. de 2023

Faço hoje uma homenagem.


“Maria, Maria, é um dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta”



O blog de hoje é sobre mulheres, em especial a Maria, mas ante o cunho emocional desse dia e dessa homenagem, gostaria de convidar vocês:

Marias, Brunas, Flávias, Márcias, Antônias, Anas, Andreas, Giovanas, Martas, Janaínas, Vivianes, Alessandras, Lucianas, Denises, Paulas, Louises, Milas, Thácias, Hannahs, Taianys, Rhaíssas, Soraias, Lucias, Cristinas, Alanas, Stephanies, Helenas, Carolinas, Verônicas, Nêmoras, Tatianas, Aparecidas, Cassias, Estelas, Lidianas, Reginas, Veras, Graças, Bárbaras, Carlas e tantas outras e incontáveis grandes mulheres que me acompanhem nesse mergulho de história e amor.

A ideia do Dia Internacional das Mulheres começou com uma passeata de mulheres americanas em 1909.

Eu indico muito assistir ao vídeo abaixo, conhecer mais profundamente sobre a nossa luta e quais os aspectos que, de fato conquistamos e quais ainda carregamos o fardo, simplesmente, por sermos mulheres.

Certamente, algumas situações passadas continuam vívidas e verdadeiras no presente, como a discriminação contra a mulher.

Ser mulher cansa, não é verdade? Mas nos honra com uma genuína força!

Tenho certeza de que vocês podem se surpreender com a jornada penosa e digna que nossas antepassadas trilharam para nos colocar no lugar que ocupamos hoje.

Mas, na minha homenagem, a história começou em 03 de outubro de 1940. Há 80 anos nasce a Maria Helena, um nome comum à época e que só foi fazendo sentido para mim com o passar dos anos.

Maria, a inocência, a pureza, o valor, o amor que se conjuga a Helena, para mim, a força, a segurança, a bravura, a luz.

Cresci assistindo ao Manoel Carlos, onde todas as suas protagonistas - mulheres fortes - se chamavam Helenas, além disso, quem nunca ouvi falar em Helena de Tróia, filha de Zeus?

Um nome forte condizente com a história de luta da Maria!

Na infância foi colocada à adoção, passando parte da sua vida em um colégio, tipo internato de freiras.

Abençoada, foi adotada por um casal muito simpático de São Paulo. Em pouco tempo perde a mãe e seu pai se casa novamente. Não era mais igual.

Cresceu e com a sede de conhecer sua história foi em busca da sua genitora. Encontrou-a e conseguiram resgatar o amor e construir uma história de mãe e filha.

Nesse tempo já era casada, mãe de 04 filhos, com uma pequena diferença entre eles e os filhos do meio eram gêmeos.

Vivia em um tempo em que a grande maioria das mulheres não podia estudar, trabalhar ou se pronunciar. Mas seguiu em frente, com a garra de uma Helena.

Trabalhar 16 horas por dia? Não, ela trabalhava 20 horas por dia, todos os dias da semana, sem férias, 13º, ou repouso remunerado.

Mas, Maria queria mais.

Você sabia que foi em 1962 que a mulher ganhou o direito de trabalhar fora sem a permissão do marido?

Vencendo tabus, iniciou sua jornada de trabalho e fez carreira! Não uma carreira financeira, pois a desigualdade salarial, uma realidade vigente até hoje, ditava as regras. Mas uma carreira profissional, de reconhecimento e de contribuição.

Maria era aplaudida no trabalho. Lembro-me de aflorar um novo sentimento em mim, a admiração!

Trabalhando fora, cuidando de 04 filhos, 01 casa, 01 marido, cachorros e tudo mais, trazia consigo outras heranças do internato. Maria era polivalente. Maria costurava, cozinhava, fazia crochê, tocava piano, violão e flauta.

De repente, Maria, aos 45 anos aprendeu a dirigir. Ela precisava ganhar mobilidade e, mais uma vez, vencendo preconceitos, Maria fez acontecer.

Como não admirar Maria?

Mas o histórico do internato, também, trouxe outras marcas. Sua saúde não era muito boa.

Lembro-me de ouvir pelos corredores da casa que ela estava com dor ou tinha passado mal, mas como assim? Ela continuava ali, fazendo tudo, cuidando de todos. Como poderia estar mal?

Hoje eu entendo. Entendo toda sua dedicação, seu suor, sua gana, sua raça, em gerir, de forma orquestral a nossa família, as nossas vidas!

Sinto-me honrada de ter passados meus 50 anos ao lado dessa mulher!

Obrigada, Mãe.

Sinta-se beijada com toda minha ternura e meu amor.

Obrigada, Karla Zetkin pela ideia de se homenagear as mulheres!

E a todas vocês, meus parabéns e minha admiração!

Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!


Mírcia Ramos

68 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page