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Autoatendimento de saúde

Brasil lidera aumento das pesquisas por temas de saúde no Google.


Pesquisa revela que um grande percentual dos brasileiros recorre primeiro à plataforma ao se deparar com um problema de saúde e isso é inacreditável, afinal sabemos que a internet traz informações, mas especificamente na área de saúde, traz mais riscos.


O Dr. Google, como é chamado, não é formado em Medicina nem sequer é humano!


Essa conclusão foi baseada em diversos estudos do setor e foi identificado que os brasileiros pesquisam e consomem conteúdo de saúde na plataforma do Google e no YouTube, site pertencente ao mesmo grupo. O levantamento revela que o Brasil é o País em que as buscas referentes à saúde mais cresceram no mundo nos últimos anos. A alta também foi maior do que a média de buscas em outras categorias dentro do Brasil. Enquanto as pesquisas de saúde cresceram 27,3%, as de cuidados com cabelos aumentaram apenas 6%. As de maquiagem caíram 4%.

Outro aspecto que interfere nesse cenário é que mais de 70% da população brasileira não tem plano de saúde, mas é sedenta por informação quando sente algum sintoma fora da normalidade e, na falta de acesso ao sistema de saúde, o brasileiro recorre muito à internet para tentar solucionar seus problemas.


Esse é um dado preocupante, na medida que, apenas 30% dos brasileiros têm plano de saúde e cerca de 90% está conectado à internet, onde muitos brasileiros se utilizam do autoatendimento em saúde, ou seja, da capacidade de acessar e gerenciar informações e serviços de saúde por conta própria, sem a proteção e intervenção direta de um profissional de saúde.


E é claro que não estou contradizendo a importância do acesso à informação e da utilização da tecnologia pró paciente. Não!


O autoatendimento em saúde pode ajudar as pessoas a gerenciar melhor suas condições de saúde, monitorar seus sintomas, obter orientações sobre estilo de vida saudável e até mesmo receber tratamento em casa, quando apropriado, através de chats online com profissionais de saúde e serviços de telemedicina.


O alerta é sobre o acesso desmedido e a falta de conhecimento sobre o assunto, relativizando a importância de um acompanhamento médico. Ou seja, o cenário, ao mesmo tempo que ajuda a democratizar a informação e empoderar o paciente, traz também riscos e prejuízos. Com acesso a uma enxurrada de informações e dados que circulam pelas redes, parte delas incorretas ou exageradas, indicam que o aumento nas buscas de saúde levam alguns brasileiros a adotarem práticas ou tratamentos sem evidências científicas, divulgados, apenas, em sites ou vídeos e todos sabemos que a internet é terra de ninguém.


Outra questão a se pensar é o surgimento dos chamados cibercondríacos, condição em que a pessoa, a partir de informações da internet, fica obsessiva ou angustiada com a ideia de ter uma doença grave.


Já aprendemos que o excesso nunca é bom!


Então, para vencer essa incompatibilidde on line, todas as partes envolvidas precisam ter atenção. Da parte do paciente internauta, é imprescindível checar se a fonte é confiável, antes de seguir as orientações, principalmente medicamentosas. Já ao médico cabe sempre estabelecer uma relação de confiança e empatia com o paciente para que ele confie no profissional e não acredite em qualquer informação veiculada nas redes.


E como tudo na vida tem um lado bom e outro nem tanto, podemos resumir esse blog da seguinte forma:


O autoatendimento de saúde pode ser realizado de diferentes maneiras, dependendo das necessidades e recursos disponíveis. Algumas opções incluem:

  • Consultas online: muitos médicos e clínicas oferecem a possibilidade de realizar consultas online, por meio de plataformas de videoconferência ou aplicativos específicos. Isso permite que o paciente seja atendido sem sair de casa, economizando tempo e recursos.

  • Aplicativos de saúde: existem diversos aplicativos disponíveis que ajudam a monitorar a saúde e oferecem informações confiáveis, chanceladas por médicos especailistas sobre sintomas, tratamentos e medicamentos;

  • Autoteste: para algumas condições de saúde, é possível realizar autotestes em casa, como testes de gravidez, de glicemia e de colesterol. No entanto, é importante seguir as instruções corretamente e buscar orientação médica em caso de dúvidas ou resultado fora do esperado.

  • Telemedicina: é a modalidade de atendimento médico que utiliza a tecnologia para realizar consultas e exames à distância. Isso pode incluir o uso de equipamentos específicos para medir sinais de desempenho, como pressão arterial e temperatura.

É importante lembrar que o autoatendimento em saúde não substitui uma consulta presencial com um profissional de saúde qualificado. Sempre que possível, é importante buscar a orientação e o acompanhamento médico adequado.

E embora o autoatendimento em saúde possa trazer benefícios, como maior conforto e acesso a informações, ele também pode apresentar riscos, tais como:

  • Autodiagnóstico e tratamento inadequado: os pacientes podem se basear em informações imprecisas ou incompletas e tomar decisões equivocadas sobre sua saúde, agravando seu quadro;

  • Automedicação: os pacientes podem piorar o estado de saúde utilizando medicamentos inadequados;

  • Falta de acompanhamento profissional: em alguns casos, o autoatendimento pode substituir ou adiar a busca por cuidados de saúde profissionais e adequados, ou seja, sem nenhuma garantia de melhora;

Riscos de privacidade: ao fornecer informações pessoais e de saúde online, os pacientes podem ficar sujeitos à violação de dados;


Portanto, é inteligente que os pacientes usem o autoatendimento em saúde de forma responsável e segura, e complementem seu tratamento com assistência médica, real e de verdade!

Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!


Mírcia Ramos


Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa

Produção Virtual: Hannah Sloboda








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