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Foto do escritorMírcia Ramos

ARREPENDIMENTO PELO EXCESSO!

QUEM NUNCA...?



Estava no salão, naquela visita semanal para cuidar das unhas e, de repente ouço uma frase muito interessante:


O excesso traz o arrependimento!


Fiquei balançada com o som e a repercussão dessa frase naquele momento e fui pesquisar sobre o assunto. Provavelmente, você conhece alguém ou já passou por alguma situação de excesso, seja em uma festa, em um churrasco, almoço ou jantar e, por exemplo, após comer em excesso, usou a expressão: comi até passar mal.


Quem nunca cometeu um excesso?


São tantos exemplos que surgem na minha mente que ouso dizer que não é difícil cometer um excesso e se arrepender.


Seja em um hotel “all inclusive”, em uma festa ou churrasco com amigos, em uma noite de solidão ou desculpado pela falta de experiência. Isso importa?


Creio que não, mas a culpa que aparece instantaneamente é algo que devamos prestar atenção.


O sentimento de culpa é uma reação natural que qualquer pessoa experimentou ou vai experimentar ao longo da vida. Trata-se de uma resposta vital para o nosso crescimento, porque ajuda em nosso aprendizado.


"Para Freud, a culpa é um sinal de que o indivíduo começou a assumir a responsabilidade por si mesmo, por seus sentimentos e conflitos e por decisões difíceis de que ele tenha que tomar. Carl Jung disse que desenvolvimento e crescimento só ocorrem quando somos capazes de reconhecer e tentar retificar nossas transgressões."

Se já vivenciaram alguma situação de excesso, possivelmente essa frase se encaixa como uma luva: o excesso traz o arrependimento!


Bem, e se você já experenciou essa sensação, então está familiarizado com a conhecida ressaca física, que usualmente não aparece sozinha. Sua irmã gêmea, a ressaca moral, que é aquele sentimento desagradável, recheado de vergonha e culpa, que surge através dos minis flashes que nossa lembrança insiste em evocar e que libera o sabor de arrependimento.


Contudo, não desejando menosprezar a importância do tema e nem desejando ser incoerente para o entendimento dessa reflexão, o que, de fato, me chamou atenção na frase inicial não fica restrito às comidas, bebidas ou lazer. Gostaria de ampliar a nossa visão e, assim vamos nos dar conta de que quase rotineiramente vivenciamos outros excessos.


Por exemplo:

Costumo dizer que recebemos um excesso de informações, quase um tsunami de notícias, nem sempre verdadeiras. Elas brotam de todas as formas como mísseis a nos perturbar: redes sociais cada vez mais engajadas em nos capturar; grupos de WhatsApp, jornais, revistas, televisões, internet, memes e etc. Entramos em um processo de overdose de informações que somos contaminados à ponto de se chegar a um colapso. A necessidade de se estar on line, plugado e antenado, é inimaginável.


Então eu te pergunto:


Você está cometendo algum excesso?


Não é novidade para ninguém sobre os alarmantes índices de doenças mentais: estresse, ansiedade, depressão, burnout, conhecidos como desequilíbrios mentais, cada vez mais presentes na atualidade.


O excesso de trabalho, por exemplo, conhecido como burnout, é um estado de esgotamento físico e emocional causado por trabalhar muito ou com uma carga de trabalho excessiva e desproporcional. Isso pode incluir longas horas de trabalho, falta de descanso e recuperação, e estresse constante resultando em uma série de problemas de saúde, tanto físicos quanto mentais, como dores de cabeça, distúrbios do sono, fadiga, ansiedade e depressão.


E, após pagar um alto custo, percebemos hoje que pessoas e empresas acordaram para a necessidade da pausa, da meditação, do cuidar da respiração, dos cuidados ergonômicos, da interação social como antídoto da perturbação. E é esse cuidado que deve prevalecer, ser o maestro de nossas vidas. Precisamos nos conscientizar que somos humanos e falhos. Precisamos cuidar do nosso corpo, da nossa mente e do nosso espírito, sem o qual como será possível viver sem arrependimentos!


E o arrependimento desmedido se manifesta como um sentimento constante de remorso ou culpa em relação a eventos passados e isso pode levar a problemas de autoestima e dificuldades para seguir em frente.


Quem não ouve cuidado, ouve coitado!


Há um longo caminho para essa mudança cultural da prevenção e promoção a saúde e caminhamos, sem dúvidas, para a busca de melhoria de qualidade de vida, mas não devemos esquecer que para mudar algo que definitivamente não está bom, exige-se uma auto-observação, observação do mundo ao seu redor, observação do outro, das dinâmicas com o outro e pela jornada de autoconhecimento e expansão de consciência.


Você é o primeiro responsável por você!


É imperioso fazer escolhas. É necessário aprender a dizer não, é obrigatório fazer renúncias e é sábio escolher suas batalhas. Para isso, é salutar conhecer seus objetivos, seu propósito de vida e se salvaguardar de qualquer excesso.


Como sabiamente escreveu o rabino Nilton Bonder:


Quantos de nossos esforços são oferendas ao nada?

Para finalizar com chave de ouro o blog de hoje, te convido a clicar no link abaixo, se desconectar uns minutinhos e assistir esse vídeo – Filtro Solar com Pedro Bial.


Espero que faça muito sentido para você!



Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!


Mírcia Ramos


Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa

Produção Virtual: Hannah Sloboda



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