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Pendências do Mercado para 2021

Atualizado: 5 de out. de 2021

Analisar o hoje para direcionar o caminho futuro é uma prioridade.

E embora não seja fácil fazer previsões, em pouco tempo, vimos uma mudança radical em algumas realidades que já apontaram para o que há de vir neste ano de 2021, no mercado de saúde pós-pandemia.


E por que trago um assunto que já fora tão debatido?


Porque precisamos olhar as tendências, mas não esquecer das pendências, e temos muitas...


O impacto gerado pela pandemia é algo que aconteceu muito rapidamente, deixando todos desnorteados e com pouco tempo para elaborar um plano B.


Fomos retirados da nossa realidade, até então conhecida.


Mas isso já foi, já aconteceu.


Completamos 01 ano de pandemia e o que mudou?

Vimos empresas se reinventarem, uma avalanche de insurtechs, a aprovação da telemedicina, a inovação dos seguros intermitentes e a tecnologia como maior aliado à sobrevivência do setor, conquistas importantes, sem dúvidas.


Fizemos valia de todo um conhecimento planetário, aceleramos processos, ganhamos escala e com uma sabedoria incrível conseguimos acomodar quase tudo.


Por outro lado, a pandemia trouxe muitas dores. Afetou drasticamente a saúde da população humana e toda a economia mundial. O isolamento social, o desemprego e a crise tornaram-se um legado real.


E tudo isso aconteceu em uma velocidade espantosa!


Vivenciamos uma mudança radical das rotinas das pessoas: uso de máscaras, regras de higienização, isolamento social, entre outros hábitos que passaram a fazer parte do chamado “novo normal”, reflexo das muitas mudanças que a sociedade teve que aprender em tão pouco tempo.


Na esfera profissional não foi diferente. Fomos obrigados a mudar, sem dó e sem piedade.


Mas, a pergunta que não quer calar:


E o que ficou para trás? Foi resolvido? Ou simplesmente viramos uma chave e jogamos todo o resto para debaixo do tapete?


Como disse Walter Longo: “Gestão nada mais é do que a capacidade de dividirmos o nosso tempo com sabedoria entre tendência e pendência.”



Com esse “novo normal” fomos ávidos em achar soluções, soluções essas que transformaram todo o setor.


Essa experiência embora provocada por uma circunstância mundial de saúde, deverá se perpetuar. No entanto, a pandemia em seu viés mais desafiador, não pode ser fundamento para que esqueçamos as pendências que reluziram na face de todos nós brasileiros.


O despreparo, o descaso, a falta de cidadania são reflexos marcantes de nossa realidade.


Desafiar nossas ideias acerca do que está acontecendo sob domínio do coletivo, desafiar o status quo, dar uma olhada nova e cuidadosa sobre o todo, são ações necessárias.

Precisamos nos destacar pelas anomalias, desafiar os modelos mentais, renovar os modelos de subsistência coletiva, investir dinamicamente, não apenas para sobreviver à crise, mas para prosperar pós-crise.


A sociedade civil entendeu que a saúde é uma prioridade. O mundo parou por causa da pandemia. Precisamos trabalhar juntos – privados e públicos, reguladores e regulados, fontes pagadoras e recebedoras.


Podemos dizer, que a transformação mais importante tem sido observada nos valores e nas prioridades que a população passou a conceder à saúde e às condições de proteção. O mercado de saúde no país está em franca adaptação, mas claramente para seguir em frente precisamos enxergar as pendências e solucioná-las.


Qual a solução?


Em minha opinião, é que haja uma contribuição entre o setor público e privado, sem que ele traga a lógica do privado, uma lógica gerencialista, de produtividade, de atendimento individualizado, que reduz essa aposta de contribuição na saúde, em uma aposta para poucos.


Não tem como dar suporte médico para todos como um todo, se não enfrentarmos a aposta de que saúde é um conceito amplo, é intersetorial, depende do modo que vivemos, depende de políticas sociais ampliadas que apoiem as pessoas para uma qualidade de vida, depende de todos.


Essa disputa, para mim, é a grande tensão constitutiva entre os dois setores – saúde como bem de todos e mercado privado – que se coloca fortemente como um desafio.


Não há dúvida de que vamos ter que tomar decisões; decisões que precisam ser duras o suficiente para trazer resultados, mas compreendidas e aceitas amplamente para que possam ser implementadas.


E nesse sentido, coragem e determinação nunca foram tão fundamentais.


Nós não iremos muito longe se não agirmos e não vamos a lugar algum sem um diálogo aberto e sincero com os vários setores da sociedade.


Cabe aos líderes desse país, da iniciativa privada e do poder público, conscientizar a população sobre a gravidade da situação e tomar as medidas necessárias para nos tirar desse abismo.


Li certa vez que “O Brasil será sempre o país do futuro se não tivermos a coragem de enfrentar o presente e aprender com o passado.”

É isso.


O Mercado de Saúde precisa de medidas duras, transparentes e com coesão, de modo que não haja recuos para se acomodar. Também precisa ter senso de urgência e dinamismo, pois só assim seremos guiados para um futuro mais equânime e justo.


Quanto às tendências:

“Acompanhar tendências não é uma tarefa fácil. Elas acontecem como na famosa frase de Hemingway: “Primeiro lentamente e, então, de repente!””


Vale a leitura do e-book da Exame Academy e ACE.


12 Tendências para 2021 Exame
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Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!


Mírcia Ramos

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