Os últimos dois anos foram desafiadores para o Mercado de Saúde Suplementar. Custos elevados, alta sinistralidade, mudanças legislativas e uma série de fatos que desestabilizou o setor.
O fato é que com ou sem gestão de saúde, o resultado foi o mesmo para todos os consumidores – aumentos nas mensalidades.
Nesse cenário, a credibilidade de gestão de saúde é questionada. Então como demonstrar comprovadamente sua eficácia junto ao RH?
Pensando nesse setor, creio que a gestão de tempo está no topo das complexidades que o envolvem, principalmente no que diz respeito à gestão de planos de saúde.
Vamos entender...
Por que a gestão do tempo é um dos principais desafios do RH?
Um setor desenvolvido para trabalhar com pessoas e sabemos de toda a complexidade que envolve o ser humano. Com isso, é preciso que o setor planeje e trabalhe:
o desenvolvimento contínuo do time;
a gestão da liderança;
estratégias de employer branding e promoção da inclusão no mercado de trabalho;
questões relativas à contratação e ao desligamento;
a adequação correta e eficiente da comunicação organizacional;
a gestão de conflitos internos;
processos estruturais relativos ao código de ética da organização, assim como compliance, auditorias, entre outros;
ações que envolvem onboarding e ambientação de novos integrantes;
atividades de promoção da saúde física e mental do time.
Isso de uma forma geral, pois existem atividades que variam de acordo com o perfil de cada empresa, logo não há dúvidas de que o setor trabalha com uma sobrecarga.
Por isso, é muito comum que atividades distintas acabem sendo desenvolvidas pelas mesmas pessoas — o que impacta na gestão do tempo e acaba prejudicando metas e objetivos mais estratégicos de gestão de pessoas.
Não é novidade que a tecnologia é a base para o desenvolvimento dos processos em vários negócios, principalmente em relação aos colaboradores, o maior ativo de uma empresa.
E foi pensando nas empresas e em seus colaboradores que surgiu a gestão em saúde.
Mas o que é gestão de planos de saúde e como isso funciona, na verdade?
Gerir planos de saúde na empresa é entender as necessidades dos colaboradores e da organização, propor os melhores benefícios e entender os investimentos necessários para implementação do benefício.
Podemos entender a gestão de saúde como um processo de planejar, implementar, avaliar e melhorar sistemas de saúde para alcançar os melhores resultados possíveis para a saúde da sua população. Isso inclui a garantia de que as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade e eficazes.
E esse processo envolve uma variedade de atividades, como planejamento estratégico, gerenciamento de programas, gerenciamento de recursos, avaliação de desempenho e melhoria contínua. Isso também inclui a gestão de finanças, recursos humanos, tecnologia e informação.
Portanto, de maneira geral, por se tratar de vários processos envolvendo cada colaborador, um dos propósitos da gestão de saúde resulta na otimização da rotina do RH com a inclusão de diversas atividades, tais como:
automatização da inclusão e exclusão de beneficiários e dependentes;
acompanhamento do uso correto do plano pelos colaboradores e familiares;
gestão da sinistralidade baseada em dados;
gestão de custos com os benefícios;
análise da rede credenciada;
gestão de faturas revisadas;
gestão centralizada de diversos benefícios que vão além do plano de saúde, como plano odontológico, seguro de vida, entre outros;
suporte com os times de saúde — que conta com auxílio de enfermeiros e médicos, programas e ações para promoção da saúde;
É um conjunto de ações que transformam dados em decisões assertivas.
Através da gestão de saúde é possível o uso de indicadores, um método de gestão essencial para esse tipo de benefício, pois sem ele fica cada vez mais difícil administrar e tomar decisões que podem ajudar na melhoria e aperfeiçoamento dos produtos para sua empresa.
Esse acompanhamento deve acontecer, não só com o uso do benefício, mas também para mensurar o desempenho e qualidade dos serviços que serão oferecidos pelas Operadoras e Seguradoras.
O outro propósito, alicerçado na comunhão de parceria e realização das atividades acima, é a economia financeira.
É um trabalho, de certa maneira, complexo e que para ser eficaz precisa da colaboração de todas as partes.
Esse é um entendimento importante. Não existe mágica. Existe conhecimento e tecnologia que são alimentados por informações fiéis e contribuição mútua.
Sendo bem transparente, a gestão de saúde é uma área multidisciplinar que visa tornar os processos mais efetivos, pois oferece um panorama detalhado do contrato, com número de vidas, idade média, gênero dos usuários, prêmios médio/vida; ajuda no entendimento de como funciona a sinistralidade e audita dados de uso do plano com altos custos, entre outros;
E, chegando ao último pilar que sustenta a efetividade da gestão de saúde, um trabalho de conscientização na utilização do benefício junto aos beneficiários, para que todos compreendam a sua importância e qual a melhor maneira de utilizá-lo. Essa ação diminui os gastos descontrolados.
Através de uma gestão eficaz, traçamos ações para conscientizar os seus colaboradores, fazendo com que além da diminuição de gastos com os planos, você possa reduzir o absenteísmo e a incidência de enfermos em seu quadro de funcionários.
É importante notar que, a gestão eficaz do plano de saúde pode requerer investimento em ferramentas, recursos humanos e outros recursos, mas a longo prazo, demonstrará um resultado benéfico para a empresa e para os seus funcionários.
Viu como a gestão de plano de saúde pode fazer a diferença na sua empresa?
Com sistemas operacionais, organização e parceria, é possível tornar a implantação e renovação do plano de saúde em algo positivo, tanto para a empresa, quanto para o colaborador. Melhorando a qualidade de vida, processos organizacionais e o faturamento empresarial.
Até a próxima!!! Se cuidem!!!
Felicidades!
Mírcia Ramos
Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa
Produção Virtual: Hannah Sloboda
Comments