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Devemos ter a coragem de nos enfrentar

O blog de hoje é sobre minha jornada para esse novo normal.

Como a grande maioria da população, no momento da pandemia, da reclusão, do home office, um trilhão de perguntas pairavam na minha mente e uma em especial brincava com meus nervos, minhas esperanças e meus medos.

E agora?

Aprendi que reivindicar seu poder é um caminho que pode acontecer em qualquer idade!

E aqui estou, escrevendo blogs, me aventurando nas redes sociais e inaugurando um canal no Youtube.



Minha pretensão com esse trabalho?

Bem, primeiro era não enlouquecer (rs). Como profissional atuante na linha de frente, em contatos diários com clientes internos e externos e um turbilhão de comunicações diversas que preenchiam meus dias em questões de segundos, me vi sozinha, em um escritório improvisado, retirada, sem dó nem piedade, da minha zona de conforto.

Olhar para o lado e não ver ninguém estrangulava todas as emoções que norteavam meus dias há anos.


Olhar para frente e ver na tela do meu notebook a única opção para extravasar todos os sentimentos, questionamentos, dúvidas e superação, era uma realidade, tipo remédio na veia!

O mundo virtual se apropriou de nossas vidas, de nosso tempo.

Confesso a vocês que não é fácil se reinventar, se expor, se desafiar, não é verdade?

Tenho medo, é claro!

Vivemos em uma sociedade, não gostamos de ser criticados e a aceitação coletiva é algo imperioso.

No entanto, uma força motriz me movia. Não podia permitir que meus medos, minha idade, minha ignorância tecnológica, minha preocupação dos que os outros vão pensar, privassem esse desejo genuíno em fazer algo, em construir algo, em contribuir com algo, nesse momento tão delicado.

A justificativa era palpável, real.

Não vou fazer mal a ninguém! Vou me expor, mas com um propósito – falar do meu mercado, das minhas experiências, sobre assuntos relevantes, sobre momentos únicos, sobre lutos e vitórias, simplesmente, deixar meus conhecimentos e sentimentos ganharem voz.


Que mal isso faria?

Quem poderia negar esse propósito?

Somente eu.


E é aqui, nesse exato momento, que minha jornada inicia.

A aceitação dos meus medos era um fato, mas não poderia ser meu muro de contenção!

Meu primeiro degrau foi fazer um curso com a Daiane Santos sobre o Eneagrama.

O eneagrama serve, principalmente, como forma de mapear a personalidade do ser humano, trazendo consciência para os padrões de comportamento que são construtivos e destrutivos e oferecendo alternativas para que a pessoa se desenvolva por meio do autoconhecimento.


Um processo estranho, provador e contestador. Mergulhar em si mesmo é um caminho, por vezes, penoso, mas basilar para qualquer projeto sério em sua vida.

Conhecer suas deficiências, seus “boicotadores”, suas qualidades e forças era o “ponta pé inicial” para uma entrega plena.

Li muito sobre coragem e acreditem no brilhantismo dessa palavra, seja em que sentido for: bravura, determinação, ousadia, dignidade!

Na língua francesa, coragem se traduz em "coração e espírito". Se eu trouxesse meu coração e meu espírito para esse trabalho, o que seria capaz de realizar?

É isso!

É esse meu propósito!


Enclausurada em um escritório solitário, precisava falar, escrever, reinventar!

E aí vem o primeiro baque, tipo um “tapa na cara”, um “soco na boca do estômago”.

O medo reluzia como purpurina e meus boicotadores internos ganharam uma força, quase intransponível.

Quem disse que eu era corajosa?


O temor das críticas, da exposição, do desconhecido, nessa altura, ressignificavam a palavra corajosa, transformando-a em: a louca, a sem noção, a velha demais para isso e, tantos outros adjetivos pejorativos que me inundavam de dúvidas e uma paralisia quase mortal.

Mas, travando uma luta, entre minhas heroínas e minha vilãs internas, meu racional se insurgia e exclamava:


Está tudo bem ter medo!



Sim, eu posso!

Coragem não é ausência de medo - o que essa frase significa? Quando decodificado literalmente, em minha opinião, significa que ser corajoso não exprime que você não possa ter medo.

É normal ter medo. Porém, quando você tem coragem, você acredita que exista um caminho além do medo. A coragem ensina você a ver em grau superior e isso lhe dá a capacidade de dominar o medo.


Quando eu compreendi que meus objetivos finais eram muito mais importantes do que o medo "cimentado" em minha inação “justificável”, reuni coragem para seguir em frente e aqui estou eu!

De posse de um autoconhecimento e totalmente sabedora das minhas questões e receios, o movimento seguir adiante era um imã que me prendia naquela cadeira, olhando a tela do notebook, refletindo levemente meu rosto estampando uma imensidão de hesitações.

Cada vez que nos deparamos com esse desafio, há duas opções. Você pode escolher se restringir e viver com seu medo. A segunda opção, e mais adequada, é encontrar coragem para superar o medo e conquistar mais na vida. A coragem que você reunir decidirá o caminho que você escolher.

Gente, eu fui!


Todas as grandes lições da vida são aprendidas por meio de experiências - o que você e eu enfrentamos em nosso dia a dia. Cada momento de nossa vida é uma oportunidade de aprender.

Pautada na coragem de seguir adiante, fui acolhida por uma profissional e amiga Hannah Sloboda que aceitou enfrentar esse desafio ao meu lado.


Iniciamos um trabalho nas redes sociais e step by step estamos construindo a materialização desse propósito.


Muitos livros acompanharam e acompanham essa jornada como amuletos da sorte. Dentre eles Spin Selling de Neil Rackham, Receita Previsível de Aaron Ross, Como fazer Amigos de Dale Carnegie, Minha História de Michelle Obama, dentre outros títulos que serão levados com muito carinho nessa trajetória.

Quantas coisas novas eu aprendi!

E, nos momentos de erros, críticas, risadinhas, me asseguro em todo esse aprendizado para continuar.


Uma citação é como uma inspiração!

“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque é a qualidade que garante as outras.”
Aristóteles

“Quão poucos são os que têm coragem suficiente para reconhecer seus defeitos, ou resolução suficiente para consertá-los.”
Benjamin Franklin

“O fracasso não é importante. É preciso coragem para fazer papel de bobo.”
Charlie Chaplin

“O homem valente não é aquele que não sente medo , mas aquele que vence esse medo.”
Nelson Mandela


Desenvolver as habilidades da mente para olhar além do sentimento de medo é uma tarefa difícil, mas possível!

Sou uma mulher comum. Não detenho nenhum dom surpreendente, genialidade ou aptidão e, para mim a vida é sinônimo de luta, de esforço, de aprendizado e de desejo!

E eu desejo fazer esse trabalho, desejo com meu coração e com meu espírito. Não importa o quão pequeno seja. Hoje tenho certeza de que todo movimento para a frente que faço é o algoz do meu medo e a concretização de mais um degrau em direção a esse objetivo. Quanto mais eu faço, mais fácil se torna reconhecer de que é possível. É assim que eu me fortaleço e mantenho minha coragem (ou loucura...rs).

Até a próxima!!! Se cuidem!!!


Felicidades!

Mírcia Ramos

Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa

Produção Virtual: Hannah Sloboda





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