No início de cada ano, normalmente, paramos e refletimos sobre tudo o que vivemos, sobre sonhos conquistados, perdas lastimáveis, insegurança banhada pela esperança, um susto, um pulo, um clique e vários insights.
Nesse momento único, sozinha, ou melhor, acompanhada de mim mesma, ouvi uma música dos Engenheiros do Hawaii, que não conhecia muito bem, mas que mexeu comigo.
Conhecem aquela sensação de que algo encaixa com você?
“Quantas vezes eu estive Cara a cara com a pior metade? A lembrança no espelho A esperança na outra margem
Quantas vezes a gente sobrevive À hora da verdade? Na falta de algo melhor Nunca me faltou coragem
Se eu soubesse antes o que sei agora Erraria tudo exatamente igual
Tenho vivido um dia por semana Acaba a grana, mês ainda tem Sem passado nem futuro Eu vivo um dia de cada vez
Quantas vezes eu estive Cara a cara com a pior metade? Quantas vezes a gente sobrevive À hora da verdade?
Se eu soubesse antes o que sei agora Iria embora antes do final
Surfando karmas e DNA Eu não quero ter o que eu não tenho Eu não tenho medo de errar!
Surfando karmas e DNA Não quero ser o que eu não sou Eu não sou maior que o mar
Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade!”
Entre karmas e DNA, onde KARMA na “filosofia e nas religiões indianas é uma espécie de lei universal de causa e efeito. Ele dita que toda ação tem consequências futuras, que dependem de sua natureza. De forma mais simples, uma boa ação leva a bons resultados e uma má ação a maus resultados”, diz Herman Tull, professor de estudos religiosos da Laffayette College, EUA.
E DNA “ é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, e que transmitem as características hereditárias de cada ser vivo...”
Como virar o ano sem pensar nessas duas palavras – Karmas e DNA?
Ter a certeza de que o que vivi e vivo é resultado das minhas ações ou da minha genética me parece uma loucura, vocês não acham?
E sem querer contextualizar sobre religiões, crenças ou estudos científicos, em minha opinião, a música retrata uma verdade inerente ao ser humano.
Todos nós temos os nossos Karmas e cada um de nós tem seu DNA único. Isso é fantástico!
Nesse momento de reflexão ouço o refrão:
Se eu soubesse antes o que sei agora Erraria tudo exatamente igual
Será que é verdade? Será que eu faria tudo igual?
Não sei responder, pois para cada mudança passada, um reflexo no futuro selaria essa alteração e como saber o que seria melhor?
Logo após essa passagem que já me levara a um surto de pensamentos, a música canta outro refrão:
Se eu soubesse antes o que sei agora Iria embora antes do final
E você? Em qual refrão mais se encaixa?
Dando continuidade a esse delírio gostoso do pensar, caio no refrão mais forte da música, em meu entendimento:
Quantas vezes eu estive Cara a cara com a pior metade? Quantas vezes a gente sobrevive À hora da verdade?
Surfando Karmas e DNA, enfrentamos nossos maiores medos, encaramos nossa intimidade, olhamos para o passado e sentimos na carne nossas escolhas e, para além de tudo, sobrevivemos à hora da verdade!
É bem poético e forte. Traduz uma interpretação singular do eu e do lugar que ocupo nessa vida, de minhas escolhas, de minha genética, do encantamento pelo respiro que sinto. Estou viva!!!
Que venha 2021, com mais Karmas e DNA, pois somos seres falíveis, mas também somos seres corajosos, perseverantes, criativos e lindos!
Até a próxima!!! Se cuidem!!!
Felicidades!
Mírcia Ramos
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