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Foto do escritorMírcia Ramos

Expectativas e decisões

“Expectativa é o estado ou qualidade de esperar algo ou alguma coisa que seja viável ou provável que aconteça; um grande desejo ou ânsia por receber uma notícia ou presenciar um acontecimento que seja benéfico ou próspero.”

É sabido que estamos constantemente tomando decisões em nossas vidas, desde escolher qual roupa vamos vestir até escolher um lugar para morar ou uma companhia com quem viver.


Fazer escolhas é inerente a vida humana, mas... e quando o assunto é sobre as expectativas geradas por nossas escolhas?


Comumente temos expectativas sobre os resultados que esperamos e são essas expectativas que acabam por impulsionar nossas escolhas.


Somos movidos pelo desejo, desejo esse que traz a marca de nossa própria existência. Genuinamente, o desejo busca repetir uma situação que foi boa em algum momento e é o reflexo da forma como enxergamos o outro, o mundo, a vida e a nós mesmos. Tudo é baseado no repertório interno que temos e na forma como fomos construindo nossa jornada, vivência, entendimentos dos acontecimentos, leis, regularidades e nas escolhas que vamos tecendo para construir nossa realidade em uma interação constante com o dia a dia.


E assim vamos vivendo, projetando e esperando que as situações ocorram da forma que expectamos, acreditando que as pessoas tenham as atitudes e reações imaginadas por nós e crendo que nossas expectativas, normalmente envoltas por afetos, ocorram da forma planejada.


E quando isso não acontece?

E se somos surpreendidos por um resultado

que demonstra que nossas expectativas não se concretizaram?


E é aqui que chamo atenção para o blog de hoje, pois temos nos deparado com muitas consequências quando as coisas saem diferentes do que queremos ou pensamos e isto tem afetado sobremaneira a saúde mental das pessoas.


Primeiro vem a frustração e outras emoções como tristeza, angústia, raiva, medo, dentre outras e todas essas sensações possuem o condão de levar o indivíduo a depressão, ansiedade e solidão.


Como controlar as expectativas e buscar mais equilíbrio nas relações e acontecimentos da vida, deixando-nos perceber o outro e as situações que nos envolvem independente de nossas projeções?


Esta é a pergunta que precisamos fazer quando estamos diante a um fato ou uma pessoa que projetamos um resultado esperado, simplesmente, para evitar cair em uma cilada e prejudicar nossa sanidade.


Vejamos....


  • Criar expectativas é um expediente de motivação que se desenvolve desde o nascimento e é influenciado pelas relações que temos ao longo da vida;

  • Medo, raiva, frustração e até mesmo agressividade são algumas das reações de sofrimento comuns quando alguma expectativa não se materializa;

  • Para amenizar esse sofrimento devemos tentar conhecer e aceitar que não temos poder sobre o outro e não temos poder sobre a vida;

  • Aceitar o outro como ele é e não sobre o filtro que desenhamos é uma alternativa sábia;

  • Entender e saber lidar com o fato de que não temos controle sobre nada e nem ninguém é uma sagacidade necessária para o nosso bem-estar;

Quando depositamos muitas expectativas em coisas ou pessoas,

assinamos de forma contundente a possibilidade de nos frustrar,

por isso, é fundamental encontrar limites na hora

de criar expectativas. Mas, como defini-las?

É positivo viver sempre com o pé atrás?


O tema me chamou atenção e em minhas pesquisas verifiquei que, segundo os psicólogos, as expectativas desacerbadas causam mais do que frustração, trazendo como reflexo a insegurança e a dor.


O que vemos na prática é que as expectativas são relativas, pessoais e vão depender de todo um contexto pautado nas vivências de cada um e como isso as afetou.


Por outro lado, viver sem expectativas é retirar o real sentido da vida, pois são as expectativas que materializam nossas escolhas.


Ou seja, estamos diante de um dilema...


Gerar uma expectativa que não se traduz em realidade nos exige lidar com uma sensação de “derrota” e é aqui que podemos ultrapassar esse limite tênue capaz de causar danos sérios a nossa saúde mental. Já viver com pé atrás, privando-nos de expectar por algo ou alguém nos remete a uma vida regada por medos e receios, o que também afeta o nosso rigor, vitalidade e bem-estar.


Mas, afinal, qual a dose certa para que a expectativa não ultrapasse os limites e se transforme em transtorno ou desconforto?


Quantas vezes esperamos por algo e nada acontece e daí ficamos imaginando quais foram as razões para isso, não é verdade?


Suposições da nossa imaginação geram ainda mais ansiedade e frustração, porque tendemos a pensar de forma negativa e, assim, ficamos, ainda mais, derrotados.


Para achar o equilíbrio e não vivenciar esse resultado, o ideal é nos prepararmos para os diferentes desfechos possíveis, pois as expectativas são como vendas nos olhos, nos impedem de enxergar a situação em sua totalidade.


E, por fim, é preciso ter cuidado para não impor aos outros a culpa pelas expectativas frustradas, afinal de contas as escolhas são feitas por nós, de forma individualizada.

E, você, como lida com suas expectativas não realizadas?


Até a próxima!!! Se cuidem!!!

Felicidades!

Mírcia Ramos


Texto revisado por Ana Elisa Carvalho de Aguiar – Professora de Língua Portuguesa

Produção Virtual: Hannah Sloboda





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